A desigualdade entre gêneros na sociedade ainda é muito grande. As mulheres continuam sendo submetidas a caprichos machistas e sendo julgadas o tempo todo.
Eu participei de um projeto na escola sobre o respeito à mulher e decidi mostrar o que a gente tem aqui, com o Uma Vitoria Leva à Outra, que ajuda as meninas a se empoderarem através do esporte. Os conceitos que eles trabalham nas oficinas mostram formas de as meninas conseguirem esse empoderamento, e isso que precisa ser expandido. Já deu certo em outros lugares e agora está dando certo aqui, na Vila Olímpica do Mato Alto, no Rio de Janeiro. É necessário passar esse tipo de informação para o máximo de pessoas. O esporte dá atitude, dá liderança, dá valores, dá união. Isso é muito importante pra viver em sociedade.
Muitas meninas aqui sonham em ser respeitadas, em construir algo na vida e desenvolver liderança, mas não sabem como. O que aprendemos aqui é o caminho para atingirmos esses objetivos. Precisamos transmitir isso para mais pessoas.
Eu quero que mais meninas acreditem em si mesmas, que busquem seus sonhos sem se importar tanto com o que os outros pensam. Ser vitoriosa, para mim, é correr atrás de tudo que você almeja sem desistir, é lutar pelo que você acredita sem passar por cima de ninguém. Só de você querer ser mais do que você foi ontem e do que você é hoje já te torna uma pessoa vitoriosa.
Micaele Fernandes escreveu esse relato aos 16 anos.Em 2016, ela participou do Uma Vitória Leva à Outra, na Vila Olímpica Professor Manoel José Gomes Tubino, onde jogava handebol. A história de Micaele se encaixa do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, que pretende a eliminação de todas as formas de discriminação contra mulheres e meninas, garantindo oportunidades iguais de liderança em todos os níveis políticos, econômicos e de vida pública. A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável reconhece o esporte como importante ferramenta para o desenvolvimento e empoderamento das mulheres.